sexta-feira, 17 de abril de 2009

Eita Brasilsinho danado

Nosso amado presidente Luiz Inácio se revelou racista. Segundo ele os responsáveis pela atual crise econômico-financeira não são pretos nem índios, são brancos de olhos azuis. Disse isto em cerimônia oficial recepcionando primeiro ministro inglês, um branco provavelmente com amigos e parentes de olhos azuis. Comportamento mais incorreto impossível. Ignora ele que há vários executivos morenos ou asiáticos ocupando cargos importantes nas maiores instituições financeiras do mundo. Ignora por causa da azia ao ler. Um evidente preconceito de um chefe de estado que em nada ajuda o combate à crise, nem melhora as relações com a Europa ou USA. Na minha modesta opinião piora tudo e é apenas um crime passível de punição.
Por falar em punição a dona da boutique de luxo Daslu recebeu uma pena recorde, mais de 90 anos de prisão por contrabando, subfaturamento, etc. Só valeu por dois dias mas ganhou mais de 90 anos. Um seqüestrador precisa matar o seqüestrado para ser presenteado com 30 anos. Por sorte nossa temos muitos seqüestradores e poucas donas de boutiques de luxo. Elas são três vezes mais perigosas.
Outra de punições: a empreiteira Camargo Correia teve diretores e secretárias presos por superfaturamento, desvio de dinheiro e corrupção. Vários partidos políticos são apontados como beneficiários. O PT não, ele está inocente. Desta vez. Mas há uma pergunta que permanece no ar desde a campanha presidencial de 2006: de onde veio o dinheiro? O dinheiro da Camargo Correia não veio dela, veio de obras superfaturadas, obras governamentais excessivamente caras. Quais obras? Quem concordou com o sobre preço? Quem liberou o dinheiro? Quais são os servidores públicos envolvidos? Ninguém fala deles, estes são os primeiros responsáveis. A refinaria Abreu e Lima em Suape acusada de superfaturamento é uma das tais obras do PAC exaustivamente visitadas pela dupla Luiz Inácio e Dilma? Eles não sabiam de nada?
As não punições: a filha do senador Tião Viana usou um telefone celular do Senado em uma viagem particular ao México gerando uma conta paga por todos nós de quase 15 mil reais; namorada, amigos e parentes do deputado Fábio Faria viajaram de avião por conta da Câmara. Ambos representantes do povo ao serem denunciados acreditam que basta devolver o dinheiro. Criou-se assim o crime que compensa, se o ladrão for descoberto ele devolve o dinheiro e tudo bem, se não for descoberto melhor ainda. Livre de riscos.
A tal “zelite” da política brasileira acha chique emprestar dinheiro ao FMI que emprestará aos países já desenvolvidos, esquecendo que chique mesmo seria se no Brasil as estradas, a saúde, a segurança, as escolas, etc., não fossem tão típicas do terceiro mundo.
Para combater a atual crise financeira-econômica mundial o governo federal optou por diminuir o imposto (IPI) sobre os carros, deu certo, as vendas aumentaram. Agora repete a receita com geladeiras e fogões. Reconhecimento tardio de que quem breca o desenvolvimento brasileiro são os impostos excessivamente altos. Porque não diminuí-los todos?