Das Minas vem o minério de ferro
Vermelho
De Bento Rodrigues, o alimento artesanal
Verde
Das montanhas Gerais, a lama
Vermelha
Do vale, toda a esperança de vida
Verde
Dos governos, a anarquia institucional
Vermelha
Do povo simples, a solidariedade
Verde
Do Rio Doce, a água amarga
Vermelha
Da natureza, a sonhada recuperação
Verde
Para as grandes empresas, o lucro
Verde
Para a população brasileira, o sangue
Vermelho.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Pedra do Sino de Itatiaia
2.670 metros de altitude, o
terceiro pico mais alto do Parque do Itatiaia, a décima montanha mais alta do
Brasil.
Em 23/08/2015 peguei uma
carona na companhia de quatro amigos (Eduardo, Zé Roberto, Val e Débora) na
trilha para a Pedra do Sino de Itatiaia. Cerca de 9 km de muito sobe e desce
para ir e outros 9 km para voltar.
Logo no início avisei que não
me achava apto para tanto, então eu iria até onde aguentasse e ficaria
esperando para voltarmos juntos. Mas deu.
Saímos do Posto Marcão
(guarita de entrada da Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia) às 8:15 hs de
um belíssimo dia de céu azul e sol. Nas partes sombreadas da trilha ainda tinha
gelo, o ar frio estimulava a subida.
Passamos pela nova trilha dos
Cinco Lagos, que na realidade nem todos são vistos nesta época de seca, as
montanhas azuis do Sul de Minas sempre à nossa esquerda. Pico do Papagaio azul
atrás da Serra Negra. Belos vales, lagos de formas e tamanhos variados, costões
de pedra, capim seco, totens demarcando o caminho.
As Agulhas Negras e o Altar
marcando o rumo, dando a direção, a própria Pedra do Sino ao longe à esquerda.
Mais um pouco e vemos lá embaixo os Ovos de Dinossauro (grupo de pedras
arredondadas no alto de uma colina). Chegamos na bifurcação para o Altar, à
direita, e Cachoeira de Aiuruoca e Pedra do Sino, à esquerda.
Uma forte descida até o
charco, nascente do rio Aiuruoca. Contornamos o charco pela esquerda, os Ovos
do outro lado da planície alagada aparentemente seca por cima, por cima de um
brejão cheio de água o capim está seco. Deixamos a Cachoeira do Aiuruoca à
esquerda e passamos por trás dos Ovos.
Uma rápida parada para um
lanche e enfrentamos o costão da Pedra do Sino. Pouco mais de uma hora de
subida pela rocha quase nua passando pelo singular Jardim de Pedra (um
agrupamento de grandes pedras quadráticas já quase no cume da Pedra do Sino).
O cume. Quase quatro horas de
trilha semipesada. O cume, milhares de pequenas crateras na rocha, canaletas
enormes, fendas. A face Leste das Agulhas logo ali, a Asa de Hermes meio
perdida lá embaixo, o Altar e o Couto ao longe e o maravilhoso mar de morros
azuis do Sul de Minas.
Uma hora de lanche, fotos e
descanso e toca para baixo.
Descer rampa de rocha parece
fácil, mas os joelhos sentem, os 64 anos pesam, passamos de novo pelos Ovos,
contornamos de novo o charco e começamos a subida até o Altar. As pernas doíam,
a respiração não era suficiente, a juventude da Débora sumia ao longe. Garota
esperta, leve como um pássaro.
De volta aos Cinco Lagos, Zé
Roberto e Val incansáveis conseguiam acompanhar a Débora. Eduardo, companheiro
cuidadoso atrasou para me escoltar. Obrigado Eduardo.
No final chegamos todos bem no
Marcão, mais ou menos juntos, depois de três horas de descida, às 16 hs, onde
encontramos a nossa espera os outros amigos do Gean que foram ao Altar.
Ótima trilha, ótimos
e divertidos colegas de aventura. Belíssimas imagens. Um dia para lembrar para
sempre.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Pílulas - 3
Em 16/11/2014:
Em 06/11/2014:
Em 01/11/2014:
Em 30/09/2014:
Em 27/09/2014: A água no sistema Cantareira pode acabar?
Em 17/09/2014:
Em 16/09/2014:
Em 29/08/2014:
Em 06/06/2014:
Em 07/04/2014:
Em 20/03/2014:
Em 03/02/2014: Um ano e meio antes da Dona Dilma afirmar que "demorou para perceber a crise".
Em 28/01/2014:
Em 26/01/2014:
Em 13/01/2014:
Em 06/11/2014:
Em 01/11/2014:
Em 30/09/2014:
Em 27/09/2014: A água no sistema Cantareira pode acabar?
Em 17/09/2014:
Em 16/09/2014:
Em 29/08/2014:
Em 06/06/2014:
Em 07/04/2014:
Em 20/03/2014:
Em 03/02/2014: Um ano e meio antes da Dona Dilma afirmar que "demorou para perceber a crise".
Em 28/01/2014:
Em 26/01/2014:
Em 13/01/2014:
sábado, 5 de setembro de 2015
Pílulas - 2
Em 03/12/2013:
Em 22/11/2013:
Em 19/11/2013:
Em 16/11/2013:
Em 09/09/2013:
Em 07/09/2013:
Em 11/07/2013:
Em 02/07/2013:
Em 22/06/2013:
Em 13/06/2013: O pior cego (de Brasília) é o que não quer ver.
Em 03/03/2013: o Pibinho brasileiro
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
DESINFORMÇÃO SOBRE A ÁGUA
Tenho visto várias coisas erradas sobre a crise da água no
sudeste do Brasil. Alguns textos confundem e desinformam. Talvez propositalmente.
A imagem acima, atribuída a um político do PSTU, faz uma
confusão entre água e água tratada. É a ideologia política distorcendo os
fatos. A imagem sugere que a agropecuária consome água encanada (tratada)
retirada da mesma fonte que atende a indústria e as residências. O tal
agronegócio seria concorrente dos consumos de água nas indústrias e nas
residências.
Nada mais falso, nada mais enganador, nada mais mentiroso.
As fontes da água usada no meio rural são distribuídas no
espaço geográfico, em geral nem estão próximas das fontes de água que servem as
cidades. O que não ocorre sempre com as indústrias, estas frequentemente estão
próximas ou dentro da área urbana. As poucas produções rurais que podem usar
água encanada são as hortaliças cultivadas em terrenos ou residências urbanas,
geralmente em pequeníssima escala.
Na realidade as propriedades rurais são fornecedoras de água
para as cidades, as nascentes dos rios estão nas fazendas, protegidas ou não,
estão lá, nunca nas cidades. Alguns poucos municípios brasileiros, sabedores
disto, dão incentivo financeiro para os proprietários rurais que preservem o
ambiente em torno das nascentes. O meio rural gera água.
A irrigação das lavouras, pomares e hortaliças usa água
local, geralmente a água usada na irrigação volta para o mesmo rio ou córrego
de onde foi retirada. Às vezes ela volta poluída, mas volta.
Além de produzir alimentos (arroz, feijão, milho, soja,
alface, tomate, laranja, uva, leite, carne, ....), fibras (algodão para as
calças jeans e camisetas) e energia (álcool para diminuir a poluição da
gasolina nas grandes cidades) a área rural também produz água.
“Destruam os campos e preservem as cidades. As cidades
desaparecerão.
Destruam as cidades e preservem os campos. As
cidades renascerão.”
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