2.670 metros de altitude, o
terceiro pico mais alto do Parque do Itatiaia, a décima montanha mais alta do
Brasil.
Em 23/08/2015 peguei uma
carona na companhia de quatro amigos (Eduardo, Zé Roberto, Val e Débora) na
trilha para a Pedra do Sino de Itatiaia. Cerca de 9 km de muito sobe e desce
para ir e outros 9 km para voltar.
Logo no início avisei que não
me achava apto para tanto, então eu iria até onde aguentasse e ficaria
esperando para voltarmos juntos. Mas deu.
Saímos do Posto Marcão
(guarita de entrada da Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia) às 8:15 hs de
um belíssimo dia de céu azul e sol. Nas partes sombreadas da trilha ainda tinha
gelo, o ar frio estimulava a subida.
Passamos pela nova trilha dos
Cinco Lagos, que na realidade nem todos são vistos nesta época de seca, as
montanhas azuis do Sul de Minas sempre à nossa esquerda. Pico do Papagaio azul
atrás da Serra Negra. Belos vales, lagos de formas e tamanhos variados, costões
de pedra, capim seco, totens demarcando o caminho.
As Agulhas Negras e o Altar
marcando o rumo, dando a direção, a própria Pedra do Sino ao longe à esquerda.
Mais um pouco e vemos lá embaixo os Ovos de Dinossauro (grupo de pedras
arredondadas no alto de uma colina). Chegamos na bifurcação para o Altar, à
direita, e Cachoeira de Aiuruoca e Pedra do Sino, à esquerda.
Uma forte descida até o
charco, nascente do rio Aiuruoca. Contornamos o charco pela esquerda, os Ovos
do outro lado da planície alagada aparentemente seca por cima, por cima de um
brejão cheio de água o capim está seco. Deixamos a Cachoeira do Aiuruoca à
esquerda e passamos por trás dos Ovos.
Uma rápida parada para um
lanche e enfrentamos o costão da Pedra do Sino. Pouco mais de uma hora de
subida pela rocha quase nua passando pelo singular Jardim de Pedra (um
agrupamento de grandes pedras quadráticas já quase no cume da Pedra do Sino).
O cume. Quase quatro horas de
trilha semipesada. O cume, milhares de pequenas crateras na rocha, canaletas
enormes, fendas. A face Leste das Agulhas logo ali, a Asa de Hermes meio
perdida lá embaixo, o Altar e o Couto ao longe e o maravilhoso mar de morros
azuis do Sul de Minas.
Uma hora de lanche, fotos e
descanso e toca para baixo.
Descer rampa de rocha parece
fácil, mas os joelhos sentem, os 64 anos pesam, passamos de novo pelos Ovos,
contornamos de novo o charco e começamos a subida até o Altar. As pernas doíam,
a respiração não era suficiente, a juventude da Débora sumia ao longe. Garota
esperta, leve como um pássaro.
De volta aos Cinco Lagos, Zé
Roberto e Val incansáveis conseguiam acompanhar a Débora. Eduardo, companheiro
cuidadoso atrasou para me escoltar. Obrigado Eduardo.
No final chegamos todos bem no
Marcão, mais ou menos juntos, depois de três horas de descida, às 16 hs, onde
encontramos a nossa espera os outros amigos do Gean que foram ao Altar.
Ótima trilha, ótimos
e divertidos colegas de aventura. Belíssimas imagens. Um dia para lembrar para
sempre.
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