quinta-feira, 25 de março de 2010

O governo federal e a imprensa brasileira

Dois fatos recentes mostram a importância da imprensa nacional para o governo federal.

O primeiro é a reação do ministro Mantega ao cobrar explicações sobre a alta dos juros da CEF e do BB após reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Sem a denúncia do jornal o ministro não ficaria sabendo do fato? Que eficiência administrativa é esta que precisa de terceiros para informá-lo? O BB e a CEF são seus subordinados, é obrigação dele acompanhá-los.

O segundo é a reclamação do presidente Luiz Inácio de que ele é vítima da “má-fé” da mídia. Difícil lembrar de um dia no qual alguma de suas frases de seus infinitos discursos não seja repetida em vários jornais impressos ou da TV ou do rádio. Não consigo imaginar um apoio mais significativo da imprensa. Sua candidata sobe nas pesquisas porque a imprensa insiste em divulgar tudo que sua excelência diz ou faz. O que seria deles, presidente e candidata, se a imprensa os ignorasse por quinze dias?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Distribuição de terras no Brasil


Segundo dados oficiais do Incra, no Brasil foram distribuídos para reforma agrária 84 milhões de hectares, sendo 47 no governo Luis Inácio para 575 mil famílias (82 ha/família).
Área equivalente a mais de três estados de São Paulo foram destinados a assentamentos rurais. O país todo tem 850 milhões de hectares. Cerca de 10 % estão ocupados pelos assentamentos.
A área total ocupada pelas fazendas brasileiras é de 330 milhões de hectares, aí incluindo as pastagens, reservas de florestas, matas ciliares, etc. Portanto cerca de 25 % da área total das fazendas já corresponde aos assentamentos da reforma agrária.
Esta área dos assentamentos é quase quatro vezes a área de soja, a maior lavoura do país e bem maior que a soma das oito maiores.
Concentração de terras nas mãos de quem?